Tudo é bom ou mau dependendo da perspectiva.
Tudo é lindo ou feio, dependendo da perspectiva.
Tudo é errado ou certo, dependendo da perspectiva.
O que eu gosto não é o mesmo que tu gostas, o que eu valorizo não é o mesmo que tu valorizas, o que eu temo não é o mesmo que tu temes.
O que eu valorizo hoje, não valorizo amanhã. O que me angustiou no passado, não me vai angustiar no futuro.
O que para uma pessoa é uma catástrofe, para outra é uma normalidade, nada de mais.
Tudo depende da forma como pensamos, das nossas bases e dos valores que utilizamos na leitura da realidade e dos acontecimentos.
Daí a dificuldade, e também a riqueza, das relações interpessoais. Daí a importância da capacidade de nos colocarmos no lugar do outro (a chamada empatia), daí o poder da capacidade de relativizar, de colocar em perspectiva. Se tivermos a capacidade de o fazer, somos mais “fortes” (ou felizes?).
Um velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal num copo de água e a bebesse. Perguntou ao jovem qual o gosto e ele disse que era muito mau.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse noutra mão cheia de sal e levasse para um lago. Quando lá chegaram o mestre mandou o jovem atirar o sal ao lago, pediu-lhe para beber um pouco da água do lago e perguntou-lhe qual o gosto. O rapaz disse que era um gosto bom. O Mestre perguntou-lhe se ele sentia o gosto do sal e o rapaz disse que não.
O mestre disse-lhe: “A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando sentires “dor”, a única coisa que podes fazer é aumentar o sentido e a importância de tudo o que está à tua volta. É dar mais valor ao que tens”.